Dia 7 de janeiro Mark Zuckerberg dono da Meta, empresa responsável pelo Instagram, Facebook e Whats App, anunciou mudanças na política de atuação da empresa e deixou entendido que apoiará algumas posições do presidente recém eleito nos Estados Unidos Donald Trump. Suas declarações deram a entender que a empresa irá intervir cada vez menos na divulgação de conteúdos nas redes.
Rose Marie Santini, diretora do Laboratório de Estudos de Internet e Redes Sociais (Netlab), da Universidade Federal do Rio de Janeiro fala sobre a responsabilização das plataformas pela divulgação de notícias falsas.
De acordo com ela, as redes e plataformas ganharam dinheiro com o jornalismo e com o anti-jornalismo, e quanto mais confusão, quanto mais treta, polêmica, dúvida, mais essas plataformas ganham dinheiro, e esse é o grande problema.
“Então, uma regulamentação tem que pensar como ela pode desestimular financeiramente a desinformação, em que a plataforma perca dinheiro com a desinformação e que ela tenha um compromisso com o jornalismo como parceiros, sócios como algo que faz ela ganhar dinheiro. Que faz ela levar usuários pra lá, e que ela divide também esse recurso pra financiar o bom jornalismo, porque também não dá para o distribuidor ficar com muito mais recursos, onde ele só pensa em audiência e o produtor de conteúdo, que é caríssimo, ficar completamente desmonetizado”, aponta Rose Marie.
A diretora ressalta que esta questão é um negócio econômico em que a desinformação é baratíssima de fazer e a informação de qualidade é supercara.
