Prédios e terrenos abandonados que pertencem ao governo federal finalmente poderão servir de moradia ou abrigar infraestruturas públicas úteis à população. Lançado no dia 26 de fevereiro no Palácio do Planalto, o programa Imóvel da Gente tem como prioridade enfrentar o déficit habitacional, que explodiu nos últimos anos no Brasil.
Encabeçado pela ministra de Gestão e da Inovação em Serviço Público, Esther Dweck, e endossado pelo presidente Lula (PT), mais de mil imóveis pertencentes ao governo federal podem ser enquadrados no programa nos próximos três anos, incluindo grandes áreas em locais valorizados de centros urbanos, como aeroportos ou estações ferroviárias inativas. Há ainda mais de 3 mil imóveis não operacionais do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que são passíveis de terem destinações sociais também.
Segundo o governo federal, mais de 500 imóveis, distribuídos em cerca de 200 municípios em todos os estados e Distrito Federal, estão em análise para possível destinação, sendo 68 para parques e instalações de cultura, esporte e lazer; 49 imóveis para educação (escolas, universidades e Institutos Federais); 33 para empreendimentos de sistemas viários, infraestrutura de energia, água e saneamento; 26 imóveis para unidades de saúde e hospitais, além de 27 imóveis para segurança pública.
Eduardo Cardoso, coordenador-geral do Movimento Sem Terra de Luta, destaca que o programa Imóvel da Gente foi uma decisão acertada do governo federal. “É extremamente importante porque a grande dificuldade de se desenvolver projetos de baixa renda é o acesso à terra. O governo federal ter disponibilizando as terras da União, do INSS, para construção de moradia popular, com certeza vai impulsionar a construção de moradia do Faixa 1. Esses espaços, na maioria das vezes, ficam localizados em áreas com infraestrutura urbana que vai possibilitar as famílias terem acesso a moradia onde tem tudo mais perto para elas. Temos de volta o Minha Casa, Minha Vida e agora as terras do governo federal”, comemorou.
O governo federal informa ainda que as famílias em situação de vulnerabilidade social vão para o início da fila, com prioridade para acessar os imóveis do programa.
Nahama Nunes – para a Central de Notícias das Rádios Comunitárias de São Paulo.
A Central de Notícias da Rádio ÁGUIA DOURADA é uma iniciativa do Projeto “MARCHINHAS: O REGISTRO DA MEMÓRIA”. Este projeto foi realizado com o apoio da 7ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.
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