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Censo mostra aumento de moradias em cortiços na cidade de São Paulo

O número de moradores em cortiços da capital paulista aumentou 24% nos últimos três anos, é o que revela Censo da prefeitura de São Paulo divulgado em janeiro deste ano.  Em 2021 eram 873 cortiços localizados na região central, hoje este número saltou para 1084.

O Censo abrange somente a região central, ou seja o número de moradores nesta situação no município pode ser ainda maior, se considerar outras regiões de São Paulo.

A Secretaria de Habitação do Município diz que  existe dificuldade jurídica de intervir nestes lugares, pois a grande maioria dos cortiços são espaços particulares, mas utilizará o Censo para solicitar que os donos realizem melhorias.  Para falar um pouco sobre esta realidade trazemos a fala de Sidnei Pitta, liderança do movimento de moradia da capital paulista.

“Os cortiços são locais insalubres, locais totalmente coletivos, principalmente a pia e o banheiro, mas também são lugares que em 30 metros quadrados abrigam famílias que vivem na área central devido a estrutura, mas ao mesmo tempo é uma localidade de exploração, das pessoas que trabalham e se sujeitam morar no centro, mas como elas não têm uma renda, porque têm que pagar fiador, não  têm condições de pagar três depósitos, você se sujeita a morar nos cortiços”, explica Sidnei.

De acordo com ele, os movimentos populares fazem pressão em cima da prefeitura para que hajam políticas públicas de habitação para atender a demanda de moradia na cidade. Sobre os cortiços ele afirma: “Isso precisaria estar dentro do programa Pode Entrar. Lá tem sim a questão da área central, a questão da reforma de prédio, mas não está diretamente dizendo aquilo específico para as famílias moradoras de cortiços”, aponta o líder de movimento de moradia.

 O líder do movimento de moradia lembra que este tema foi tão importante nos anos de 97 a 2010, quando havia o programa de atuação em cortiços. Ele ressalta a necessidade de voltar com os programas: “era o PAC, o programa de desenvolvimento habitacional - CDHU, que foi muito interessante porque atendeu as famílias de baixa renda nos cortiços”, diz ele.

 

A Central de Notícias da Rádio ÁGUIA DOURADA é uma iniciativa do Projeto “MARCHINHAS: O REGISTRO DA MEMÓRIA”. Este projeto foi realizado com o apoio da 7ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Serviço de Radiodifusão Comunitária Para a Cidade de São Paulo.

Os conteúdos ditos pelos entrevistados não refletem a opinião da emissora.

 

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